Preferi ficar calado para não correr o risco de ser grosso.
- Patrick, você ouviu o que eu disse? – Fez questão de perguntar.
- Sim.
- E não tem interesse em saber quais são as exigências?
- Não quero me preocupar com isso, tia. No momento só quero que você fique bem. Nada me interessa mais do que isto... Sua saúde. – Sorri, fingindo realmente querer que ela se restabelecesse, no meu íntimo desejando que morresse ali, naquele momento, para que enfim eu pudesse viver a vida que sempre sonhei e esperei por tantos anos.
- Pois deveria se preocupar, Patrick, ou corre o risco de você não receber nada.
A fitei, confuso e preocupado:
- Quais serias as exigências, tia?
- Eu quero que case, Patrick.
- Casar? – Minha voz saiu mais alta do que eu esperava.
- Sim, quero que case com uma mulher.
Não entendi se o “uma mulher” era por ela temer que eu pudesse ser homossexual, fazendo alusão ao meu cabelo, o que não era de duvidar, já que a velha era ridícula, ou se o que realmente queria era que eu