A fazenda estava diante de nós, imensa, com campos que pareciam não ter fim. Eu sentia o cheiro da terra úmida misturado ao perfume suave das flores silvestres que margeavam o caminho. As árvores balançavam ao vento, como se dançassem para nos dar as boas-vindas. Segurei a mão de Marcio com força, tentando conter a emoção que me inundava.
— Consegue acreditar que isso tudo agora é nosso? — perguntei, quase sussurrando, como se a grandeza daquele lugar exigisse respeito até na voz.
Marcio apertou minha mão e deu aquele sorriso que eu tanto amava, cheio de segurança e ternura.
— Consegui acreditar desde o momento em que te prometi essa vida, Raila. A gente merece isso.
Olhei para ele, o brilho nos olhos dele refletia exatamente o que eu sentia: esperança. A fazenda não era apenas terra e casa; era o ponto de partida para todos os nossos sonhos, o lugar onde construiríamos uma nova história.
Investir um pouco do nosso dinheiro naquele paraíso valeu muito a pena.
Chegamos à varanda da cas