— Não... não me toque...
Beatriz sentiu sua mão grande segurando seu pulso, tentando afastar sua mão para ver a lesão.
As palmas de suas mãos tinham calos espessos, marcas de treinamento constante.
Ela se lembrou do sonho, essas mãos tocando cada centímetro de sua pele, podia sentir o contraste do áspero dos calos e sua pele macia, cada toque trazendo arrepios.
Ela recuou vários passos como um pássaro assustado.
— Eu estou bem, não se preocupe comigo... eu estou bem...— Ela repetia, apressando-se a passar por ele e descer as escadas.
Daniel, preocupado, quis seguí-la, mas ela o impediu.
— Eu só vou tomar um pouco de ar, não me siga, eu... eu só quero ficar sozinha por um momento.
Beatriz apressou-se para fora, como se estivesse fugindo de algum perigo iminente.
Daniel ficou confuso, se perguntando se havia feito algo para deixá-la chateada.
Descendo as escadas, Beatriz chegou ao jardim.
A brisa suave a fez sentir-se imediatamente mais confortável, o calor em seu corpo lentamente se dis