Acordei com a sensação de que o universo tinha decidido me testar.
A luz do sol entrava furtiva pelas cortinas florais, iluminando o cubículo que chamavam de quarto. Lucky dormia de frente para mim, um braço jogado sobre os olhos, o outro pendurado no abismo entre nossas camas. A camiseta subiu, revelando uma faixa de pele dourada e definida que eu não deveria estar olhando.
Foco, Bianca.
Meu celular vibrava no criado-mudo. Desnorteada, peguei e verifiquei. 7h42.
— MERDA!
A primeira reunião é às 8h30. De alguma forma deixei o alarme no mudo.
Pulei da cama como se o colchão estivesse pegando fogo, tropeçando na mala ainda fechada e caindo sobre a barriga de Lucky, despertando ele da pior forma possível.
— Alguma emergência? — Lucky resmungou, a voz rouca de sono.
— Estamos quase atrasados! — avisei, abrindo a mala em busca da roupa que usaria. — Temos que correr para chegar até o hotel! Sua primeira reunião é às 8h30 com a TechGlobal, depois almoço com os investidores da NEXO e fechame