Thomas chegou à mansão no final da tarde, ansioso para ver Adrian e Aurora. Fazia semanas desde a última vez que desfrutara da companhia dos filhos, e o fardo da distância tornava-se insuportável.
Assim que entrou, foi envolvido por um turbilhão de alegria, com os dois correndo em sua direção, os gritos de felicidade ecoando como uma melodia há muito silenciada.
— Papai chegou! Papai chegou! — exclamaram em uníssono, e Thomas se abaixou para envolvê-los em um abraço apertado. O calor e a inocência das crianças eram uma salvação em meio ao turbilhão emocional que enfrentava.
Sarah observava a cena da sala de estar, com um sorriso comedido nos lábios. A alegria contagiante das crianças aquecia seu coração, mas a percepção de se sentir uma peça deslocada naquela dinâmica familiar lhe causava um aperto no peito. A felicidade deles era um lembrete doloroso de sua própria solidão.
Depois de alguns momentos, Thomas ergueu-se e olhou para os filhos com seriedade.
— Hoje, pensei que poderíamos