Do lado de fora do escritório, Sarah permanecia imóvel no corredor, escondida pelas sombras que se estendiam com a luz difusa da mansão. As vozes de Thomas e Anna escapavam pela porta semiaberta, e cada palavra parecia pesar mais do que a anterior. Ela não havia planejado ouvir, mas a intensidade do diálogo a mantinha enraizada no lugar.
Quando ouviu Thomas ceder ao pedido de Anna, um calafrio percorreu sua espinha. Algo dentro dela desmoronou, e a decepção queimou em seu peito como um fogo lento.
— Ele realmente vai fazer isso, — pensou, com um nó se formando em sua garganta.
Anna estava manipulando Thomas com o que fazia de melhor: seu charme venenoso e a capacidade de explorar a vulnerabilidade dos outros. Pior ainda, parecia que Thomas não tinha forças para resistir.
Sarah recuou silenciosamente, fechando a porta do quarto atrás de si. Sentou-se na cama, abraçando os joelhos enquanto tentava processar o que ouvira. Sua mente girava, alternando entre raiva, tristeza e uma sensação