A casa de campo, envolta em um silêncio sepulcral, parecia refletir o peso da angústia que tomava conta de Sarah. Os ventos suaves do lado de fora eram os únicos sons que quebravam a opressão daquele espaço. Confinada há meses naquele lugar isolado, cada dia parecia mais sufocante,
Caminhando pelo quarto, a mão pousada sobre o ventre volumoso, ela sentia o peso da incerteza e, sua intuição a alertava de que algo estava terrivelmente errado. Cada dia passado ali a fazia questionar se seu bebê estava bem, se a vida que carregava ainda pulsava com força.
Após uma noite agitada de pesadelos — imagens de fogo e de Anna levando algo precioso embora —, Sarah desceu com dificuldade até a cozinha. Encontrou Olívia mexendo distraidamente em algo no balcão. A jovem parecia desconfortável, como se soubesse que uma tempestade estava prestes a se formar.
— Olívia, eu preciso de ajuda, — começou Sarah, com um tom que misturava exaustão e urgência. — Quero ir ao hospital. A data do parto está próxima