Mundo ficciónIniciar sesiónHoffman estava ajoelhado de frente para ela como se fosse um cavaleiro lendário com seu corpo forte, e suas grandes mãos cuidadosas porém firmes, segurava os delicados dedos da médica.
Anabell com uma leve expressão de dor puxou a mão na hora que seu chefe foi aplicar o medicamento: -Você quer ir para o hospital? (perguntou o alemão, de uma forma preocupada olhando diretamente para os olhos de Anabell) A jovem ao se deparar com aqueles olhos cor de mel tão vivo, não pode evitar ficar envergonhada. -Nã..o não é necessário, er.. é melhor observamos se o Victor vai ter outra crise.. E levantando-se sofá foi conferir o pulso do menino, colocando algumas faixas no braço dele. Após algumas horas notaram que o menino realmente estava dormindo tranquilamente. Pedindo para a enfermeira ficar de prontidão os dois saíram do quarto, Anabell foi terminar seu curativo e tomar um banho para limpar todo aquele sangue, ainda um pouco preocupada retornou ao quarto do garoto, mas percebeu que estava tudo bem. Feliz com a situação, ela foi procurar seu chefe para explicar a crise do menino. Perguntando para um dos funcionários por Hoffman foi informada que o homem estava em seu escritório como de costume. A moça indo até o local notou as luzes principais apagadas e somente a luminária de cima da mesa acesa, Hoffman estava sentado em sua cadeira, com sua blusa branca social um pouco respingada de sangue completamente aberta mostrando seu peitoral e abdômen definidos, destacando o pequeno crucifixo. Ele estava de olhos fechados segurando um copo de whisky sobre a mesa e ao lado uma cartela de comprimidos ansiolíticos pela metade.Anabell vendo aquela cena ficou muito comovida pois em seu coração não aguentava ver ninguém triste. Então deu volta na mesa e aproximando com uma voz carinhosa e consoladora sem pensar muito colocou sua mão direita sobre o rosto do homem dizendo. -Senhor Hoffman essa não é solução para seus problemas…beber só alivia no momento e junto com medicamento pode acabar te matando..(falou inconscientemente acariciando o rosto do alemão) Andy abrindo os olhos sentindo o toque quente da mão de Anabell,respirou de forma levemente profunda e disse: -Talvez… Você tenha alguma solução melhor para mim…(respondeu o homem inclinando suavemente a cabeça na mão da Anabel a encarando com seus olhos intensos) A jovem olhando para Andy se dando conta da no que ela estava fazendo sentiu seu coração disparando, e retirou a mão rapidamente de forma apressada. -Desculpa senhor..E..e..eu quis dizer, no sentido relacionado a sua saúde.O álcool combinado com medicamento é extremamente prejudicial. O lindo alemão notando o leve tropeço na fala da moça, arqueou a sobrancelha, e tomando mais um gole da bebida respondeu. -Obrigada por sua preocupação doutora, mas creio que isso é um problema meu. Após ouvir o tom rude do homem Anabell, mudou sua expressão, se afastou um pouco irritada. (Em um momento ele olha como um gatinho indefeso no outro, responde como um cavalo!) -Bom senhor Hoffman, parece que não está em condições de falar sobre o seu filho. Com sua licença. Anabell saiu do escritório com passos firmes e apressados de volta ao quarto de Victor. Novamente, entrando no quarto do menino, notou a expressão serena em seu rosto, ao ajeitar o travesseiro, sentiu seu coração apertado pensando no que tinha acabado de acontecer. (O quanto esses dois devem estar sofrendo…Vou fazer o meu melhor para ajudá-los) A chuva continuava intensa la fora, ainda sentada na cama do pequeno, ela olhava a água escorrendo pela porta de vidro da sacada, a cada clarão dos relâmpagos, lembrava de sua vida no orfanato, quando crianças Anabell também tinha medo, mas seu medo era diferente, era como se algo a viesse a seu encontro e quisesse tirar sua única esperança. Ao ouvir o som de um pequeno trovão, foi trazida de volta à realidade, como havia muitos relâmpagos ela achou melhor fechar as cortinas, ao se dirigir a porta de vidro, avistou a enfermeira que cuidava do garoto , em meio aquela chuva caminhando no jardim com um guarda chuva preto. (O que será que ela está fazendo? Quem em Sã consciência estaria la fora nessa chuva ?) Observando curiosa Anabell viu surgir dos arbustos a silhueta do que parecia ser outra mulher porém está estava com uma capa de chuva escura, por conta da chuva forte, a doutora não conseguiu ver muito bem, mas o que parecia, a mulher de capa entregava algo para enfermeira, que apressadamente retornava a mansão, enquanto a figura desconhecida desaparecia em meio aos arbustos. Intrigada fechou as cortinas, verificando novamente o pulso de seu pequeno paciente, o cobriu se retirando do quarto, ao passar novamente em frente ao escritório notou a porta fechada, ao olhar para a fresta no chão, viu que já não tinha nenhuma claridade, talvez Hoffman tivesse saido, ou tivesse desmaiado devido a mistura de substâncias. Por um instante ela se aproximou da porta, estendendo a mão direita em direção da maçaneta, mas ao lembrar do tom ríspido, do homem decidiu voltar ao seu quarto. A claridade invadia o quarto de Anabell, ela com os olhos fechados, ao se espreguiçar sentiu um peso estranho sobre si. (Hum..? Que estranho? Não lembro dos travesseiros serem tão pesados assim) Ao abrir os olhos, viu o que estava encima de seu abdômen, era Victor dormindo de forma tranquila segurando um cachorrinho de pelúcia, ela ficou surpresa, acariciando os cabelos claros do menino suspirou e não pode deixar de esboçar um sorriso. Ela ajeitou delicadamente, o pequeno em seu travesseiro que prontamente se aconchegou em sua cama. (Como você entrou no meu quarto sem fazer barulho?) Anabell de forma inconsciente beijou a testa do garotinho, ao notar a intensidade do sol que brilhava se perguntou que horas eram. Ao pegar seu celular viu que havia dormido mais do que de costume, talvez por conta da noite agitada, sem querer acabou tendo um pequeno flash back de Hoffman sentado naquela cadeira completamente indefeso. Seu coração disparou, e antes que sua mente vagasse mais, depressa levantou da cama. Naquele mesmo instante ela ouviu vozes e passos apressados vindo do lado de fora do quarto, e antes que pudesse entender o que se passava a porta foi aberta de forma brusca! -Victor!? Cadê você? Anabell ficou surpresa com a entrada brusca de Hoffman em seu quarto, o que pegou ela completamente desprevenida. Alguns empregados estavam atrás dele com uma expressão de surpresa também. Hoffman estava com os cabelos desalinhados porém bem vestido, parecia desesperado. Ao mesmo tempo ficou paralisado diante de Anabell. Ele não estava acostumado a vê-la daquela forma sem seus vestidos elegantes e o belo salto alto. Ela estava vestida apenas com uma camisola rosa, na altura das coxas destacando cada curva perfeitamente esculpida. -Senhor Hoffman! Você me assustou! Exclamou ela pegando seu roupão se cobrindo rapidamente. O loiro foi tirado do transe, ao vê-la reagindo, ele também não sabia como agir, os empregados rapidamente se dispersaram, o deixando sozinho para explicar sua atitude. -Er.. desculpa eu..eu fiquei preocupado pois a enfermeira disse que meu filho havia desaparecido, procurei pela mansão toda, realmente não imaginava que ele estivesse aqui..Me desculpe. Hoffman passando a mão esquerda sobre os cabelos tentava se recompor, sua voz rouca firme se atrapalhava, em meio ao constrangimento, e o pior ele não conseguia tirar os olhos dela. Victor foi despertado com toda aquela comoção. Roseta a governanta aguardava do lado de fora pronta para pegar o menino, sutilmente ela entrou e pegou o menino com suas habilidades furtivas. Anabell envergonhada, sorriu um pouco sem jeito,ao ver a senhora levando o garotinho sonolento. -Senhor Hoffman, eu preciso que saia para que eu possa me trocar. O homem umedecendo os lábios suspirou assentindo com a cabeça, e fechando a porta, saiu do quarto da jovem. (Nunca poderia imaginar, ela tem um corpo tão perfeito.. Arg! O que estou pensando não posso me apaixonar por essa mulher)






