THIAGO
Ela sabia exatamente o que estava fazendo.
Mirela estava deitada de bruços na cama, apenas enrolada naquela toalha que mal cobria as curvas, balançando os pés no ar como se fosse inocente. Como se eu não estivesse lá, olhando, engolindo seco, com os punhos cerrados de tanto me segurar.
Mas eu já tinha passado do ponto de me controlar fazia tempo.
Tentei racionalizar. Tentei lembrar de todos os motivos pelos quais isso era errado. Mas ela não dava trégua — e eu era só um homem. Um homem de sangue quente, de respiração acelerada, olhando aquela garota jovem demais, perigosa demais se exibir na minha frente como um pecado que eu não tinha como resistir.
Me aproximei em silêncio, até sentir o calor do corpo dela contra o meu. O cheiro do seu banho ainda impregnado na pele — doce, fresco, dela. Meus lábios roçaram a nuca de Mirela, e ela estremeceu, mas não se virou.
— Você é uma tortura, sabia? — murmurei, a voz saindo mais rouca do que eu queria.
Ela riu baixinho, o som vib