Alexander Narrando
Ainda estava sem ar quando apoiei a testa no ombro dela. Meu corpo inteiro vibrou num jeito que só a Norah consegue arrancar de mim. A respiração de Norah roça minha pele, quente, lenta, ainda fora do ritmo. O quarto está silencioso, só o som do nosso fôlego misturado e o pulsar teimoso do meu peito tentando voltar ao normal.
Ela deslizou os dedos pela minha nuca, e eu quase fechei os olhos de novo. É impressionante o poder que essa mulher tem sobre mim, poder que eu entrego, consciente, grato e completamente rendido.
— Você tá bem? — ela murmurou, num sussurro que arrepia.
— Tô melhor do que bem. — Minha voz sai rouca. — Você me desmonta, do melhor jeito possível.
Senti o sorriso dela tocar minha pele. Ela encostou a testa na minha.
— Eu amo quando você fala assim.
— Assim como? — pergunto, traçando o contorno da mandíbula dela com o polegar.
— Verdadeiro. Sem filtro. Só você.
Eu ri baixinho, puxando-a mais para perto, como se pudesse encaixá-la dentro do meu peit