Laura Martins:
— Mamãe... Mamãe... — a voz de Maya é um sussurro insistente. — Mamãe, acorda — ela continua cutucando meu rosto com seu dedinho.
Abro os olhos devagar, piscando contra a luz.
— Oi — murmuro, minha voz rouca, ainda grogue de sono.
Vejo o rostinho de Maya, seus grandes olhos verdes me observando.
Espreguiço-me, ainda meio zonza. A claridade do dia já está forte, e eu não faço ideia de que horas são. Antes que eu possa perguntar a Maya o que houve, ouço batidas firmes na porta.
Resmungo, me sentindo mais cansada do que deveria. Quem poderia ser a essa hora? Imagino que ainda deva ser umas sete da manhã.
Me levanto lentamente, cada passo parece pesado, minha mente ainda tentando despertar totalmente. Esfregando os olhos, giro a chave destrancando a fechadura. Ao abrir a porta, dou de cara com Fernando, trajado com o terno impecável preto sob medida.
Arregalo os olhos, completamente surpresa.
— Oi, namorada — ele diz com um sorriso, seus olhos azuis brilhando.
— O-oi... — ga