Fernando Duarte:
— Ei, o que aconteceu aqui? — Escuto uma voz masculina gritar de dentro de um carro que acaba de chegar, a urgência em seu tom cortando o ar.
— Tinha uma criança no meio da rua — alguém responde rapidamente, a voz cheia de tensão.
— Onde está a criança agora? — Outra pessoa questiona, a preocupação evidente.
— Ela se feriu? — A voz de uma mulher ecoa, sua ansiedade palpável.
— Já chamaram a ambulância? — Alguém informa, o som dos passos apressados sobre o asfalto e o murmúrio das pessoas ao redor criando uma cacofonia de ruídos.
— Tirem os carros de vocês da frente, tenho que levar meu filho para o hospital, idiotas! — Um motorista exasperado exclama, o barulho de portas de carro batendo ressoando no ar.
As vozes das pessoas ressoam baixas em meus ouvidos, como um ruído de fundo distante e indistinto. Sentado na calçada, minha mente está nublada, incapaz de focar nas palavras dos outros presentes. O caos que se desenrola parece um borrão indistinto, cada som e movimen