Laura Martins:
— Laura?
— Oi? Que foi?
— Laura?
— Que é?
— Laura!
— Oi, caramba!
— Acorda! — Sinto o meu ombro ser chacoalhado.
— O, o que aconteceu? — Questiono enquanto minhas vistam desembaçam.
— Pensei que tinha morrido sobre meu ombro — Fernando fala, o choque da realidade b**e em minha mente como um soco me fazendo arregalar os olhos.
— Eu dormi no seu ombro — constato nervosamente, agora consigo perceber a baba seca no canto da minha boca, olho para o ombro dele e a enxergo lá também.
— Estou aprovado como travesseiro? — Provoca.
— Muito duro — respondo.
— Prefere mole?
— Meio termo — respondo inocente, mas o seu sorriso malicioso me faz entender. — Seu idiota! — Xingo-o constrangida. Desvio o olhar do dele.
— Como não sei onde fica a sua casa, paramos aqui nesse ponto — ele informa.
— Obrigada — digo rápido e abro a porta do carro correndo para fora. — Obrigada, senhor Pedro — aceno com a cabeça.
Sentindo toda a minha cara quente, como se eu tivesse comido uma pimenta malagueta