— Eu não tive escolha. — Suspirei. — Mas o Alessandro tá comigo. Ele tem contatos, gente investigando e estamos chegando perto de alguma coisa, pai.
Ele pareceu relaxar um pouco, mesmo que ainda estivesse preocupado.
— Esse Alessandro é esperto. Eu sei que ele vai te ajudar a acabar com essa sujeira.
Assenti, mesmo sem conseguir sentir alívio.
— Só espero que não custe mais sangue da nossa família.
Por um instante, o silêncio tomou conta da sala.
Eu não disse mais nada. Só fiquei ali, com a sensação de que a guerra que eu tanto temia… tinha acabado de começar.
Saí da sala deixando meu pai pensativo e segui pro lado de fora da casa. O ar estava frio, e a noite parecia mais silenciosa do que o normal, daquele tipo de silêncio que incomoda, como se o mundo estivesse prendendo a respiração.
Caminhei até a área externa e encontrei Nicolas ali, sentado no banco perto de sua moto, com o olhar perdido no nada. Desde o dia do shopping, ele tinha ficado ainda mais calado do que já era, e isso