— Aiii, não vale!
— O que não vale é ficar doente e ter que voltar pro hospital. É isso que você quer?
— Não… — ele respondeu baixinho, negando com a cabeça.
Ela se aproximou com o copinho.
— Então vamos.
Na hora exata que ela tentou dar o remédio, ele virou de novo o rosto e o líquido escorreu… bem no meu braço.
— Droga… — ela resmungou, respirando fundo. — Você acabou de perder a lousa hoje.
— Mamãe! — ele reclamou, mas ela já estava completando o copinho de novo, com movimentos precisos, como quem já fez isso mil vezes.
— Não adianta reclamar. — ela disse firme, com a mesma expressão determinada que ela usava quando discutia algo importante comigo anos atrás.
Ela voltou até nós com o copinho cheio. Gabriel já se preparava pra gritar de novo, abrindo a boca pra reclamar. Mas ela foi rápida.
— Abre. — ela disse, colocando o copo direto nos lábios dele e segurando a cabeça com cuidado, mas firme.
Ele ficou com os olhos arregalados, fez uma careta enorme, e antes que cuspisse tudo, ela