(Larissa)
A porta se abriu de leve, e uma mulher alta, magra, com o cabelo preso num coque firme, entrou na pequena recepção.
— Larissa? — perguntou, olhando direto pra mim.
Me levantei, meio hesitante, ajeitando a bolsa no ombro.
— Sou eu.
Ela assentiu, séria.
— Pode me acompanhar, por favor?
Olhei ao redor. O lugar era estranho. Não parecia exatamente um hospital... e agora que eu parava pra pensar, Enzo nunca tinha dito que viria a uma clínica. Só disse que estava ferido, sozinho, e que precisava de mim. A voz dele tremia tanto ao telefone...
“Por favor, Lari... só vem. Eu não tenho mais ninguém aqui.”
Suspirei. Eu já estava me arrependendo. Tinha deixado o Gabriel com Cathe, prometido que voltava em menos de uma hora. Isso aqui era pra ser rápido. Uma visita rápida pra saber se ele estava bem e pronto.
Mas algo estava errado.
Segui a mulher pelo corredor. Reparei nos homens parados próximos às portas, seguranças, aparentemente. Todos sérios, armados. O lugar inteiro parecia silenc