(Diogo)
Eu dirigia que nem um louco com a mão grudada no volante e o pé no acelerador. Não queria saber de radar, multa, nada. Eu só queria a Alice. Cada segundo que passava era um a mais que ela estava nas mãos daqueles filhos da puta.
O celular vibrou e eu atendi jogando no som do carro.
— Fala!
A voz de Natan veio ofegante.
— Senhor, os homens estão quase alcançando o carro.
— Eu também estou chegando. — respondi, apertando ainda mais o volante. — Não percam eles de vista, Natan. Nem por um segundo.
— Pode deixar.
Desliguei e logo entrei na BR. A pista estava reta, infinita, e foi ali que vi os dois carros, meus, perseguindo um carro preto. Meu coração disparou ao saber que Alice estava ali.
Acelerei mais, o motor rugiu forte, até que um dos meus carros derrapou e saiu da pista.
— Droga! — gritei, e no mesmo instante, um estalo seco ecoou. Uma bala colidiu com força o parabrisa e o vidro marcou, mas graças a Deus o carro era blindado.
— Seus desgraçados... — murmurei entre os de