Meu peito subia e descia em fúria. Eu o encarei estendido no chão, gemendo, o sangue escorrendo pelo mármore branco.
— Vocês dois vão me ouvir agora. — minha voz saiu grave, controlada, mas carregada de ameaça.
Renato gemia no chão, tentando estancar o sangue que escorria pelo nariz. Lurdes tremia de pé, pálida, encostada na parede como se quisesse desaparecer dentro dela.
Me aproximei dela, vendo-a tentar recuar ainda mais.
— Sabe o que mais me dá nojo? — minha voz saiu grave, vibrando com o peso da raiva. — É olhar em volta dessa casa e ver cada maldito detalhe de luxo que vocês compraram com o dinheiro que eu mandei… acreditando que estavam cuidando do meu filho.
Ela tentou falar algo, mas levantei a mão, cortando. — Cala a boca! — o grito saiu tão forte que até Renato parou de gemer. — Vocês vivem cercados de joias, roupas de grife, relógios caros… enquanto o menino que deveria ser tratado como filho de vocês apodrecia num colégio de quinta categoria. — Cuspi as palavras, sentind