Quando chegamos ao estacionamento subterrâneo, Lucas olhou ao redor com uma expressão confusa. Eu vi o jeito que os olhos dele corriam pelo espaço, como se tentassem entender onde estava.
— Onde a gente tá? — ele perguntou, franzindo a testa. — E… por que a Fernanda não veio com a Bia? E a minha casa… eu já vou embora depois? Ou vou direto pro colégio?
Meu coração disparou e abri a boca pra falar, mas nenhuma palavra saiu.
Alice, percebendo meu nervosismo, deu um passo à frente, com aquele sorriso calmo que sempre consegue desarmar qualquer situação.
— Calma, Lucas — ela disse com a voz suave. — Antes de ir pra qualquer lugar, nós precisamos conversar com você, tá bom? É rapidinho e depois, se você quiser, pode ir. Tudo bem assim?
Lucas olhou pra mim, depois pra ela, meio inseguro.
— Conversar… sobre o quê?
— Sobre algo importante, mas nada ruim, eu prometo. — Alice continuou, inclinando um pouquinho a cabeça. — Pode confiar.
Ele respirou fundo e seus os ombros relaxaram um pouco.
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