Enquanto a gente jantava, o silêncio era confortável, só o barulho dos talheres preenchendo o espaço. Diogo mastigou mais um pedaço de frango e me olhou por cima do prato.
— E aí… como foi com a Larissa? — ele perguntou, a voz curiosa, mas calma.
— Foi tranquilo — respondi, mexendo no purê com o garfo. — Quer dizer… tranquilo depois. Quando eu contei da gravidez, ela quase surtou.
Diogo soltou um riso baixo, balançando a cabeça.
— Imaginei. Larissa e as reações dramáticas… — Ele me olhou com aquele brilho divertido nos olhos. — E ela comentou algo sobre você deixar de ser assistente dela?
Neguei com a cabeça, dando um meio sorriso.
— Ainda não. Vou fazer isso depois, com calma.
Ele assentiu, voltando a cortar o frango.
Ficamos alguns segundos só ouvindo o som da faca no prato. Suspirei mais fundo do que queria, o peso do próximo passo voltando pra minha mente.
— Amanhã… eu vou falar com meus pais — falei, sem conseguir encará-lo de imediato. — Você sabe se eles ainda estão no hospit