Fazia tempo que eu não passava na casa da Larissa e do Alessandro. E hoje, por algum motivo, eu queria contar pra ela sobre mim e a Alice. Talvez porque, no fundo, eu sempre senti que a Larissa conseguia me entender de um jeito que poucas pessoas conseguiam.
Estacionei na frente da casa e entrei sem cerimônia, como sempre. A porta da sala estava aberta, e logo vi o Gabriel sentado no tapete, rodeado por uns robôs de brinquedo, todo concentrado. A babá, Julia, estava no sofá, de olho nele.
— E aí, campeão? — falei, já me abaixando pra dar um soquinho nele.
Gabriel levantou a cabeça e abriu um sorriso enorme antes de vir correndo e me abraçar nas pernas.
— Tio Diogo!
Apertei ele com força.
— Cadê seus pais? — perguntei.
— Lá em cima conversando coisa de adulto — ele respondeu, meio distraído, já voltando pros robôs.
Franzi o cenho. Conversa de adulto, nesse tom, normalmente queria dizer problema. E desde o casamento deles, eu jurava que Larissa e Alessandro estavam na melhor fase.
Fique