(Ponto de Vista de Sarah)
Os dias seguintes passaram em um borrão de responsabilidades e evitamentos. Mergulhei no trabalho, saindo da mansão logo cedo para cuidar da empresa e voltando apenas tarde da noite, recolhendo-me diretamente ao quarto, evitando qualquer interação desnecessária com Adrian. Apesar da tensão não dita entre nós, continuei preparando as refeições dele e, embora nunca comentasse nada, ele comia tudo sem fazer objeções.
Logo, criamos uma rotina silenciosa, um equilíbrio frágil dentro do nosso estranho casamento que nenhum dos dois parecia disposto a quebrar.
Na noite de sexta-feira, sentei-me sobre a cama, com as pernas cruzadas, enquanto revisava uma pilha de documentos. Foi então que uma batida seca ressoou pela porta.
Assustada, deixei os papéis de lado e me levantei, já me preparando para o que parecia ser mais um confronto.
Ao abrir, dei de cara com Adrian. Seu semblante, como de costume, vinha carregado por uma irritação silenciosa.
Os olhos castanhos escuros