Vera apostava sua vida que Juliana cederia, e essa confiança vinha do fato de ela já ter salvo a vida de Juliana no passado.
Após a saída do casal, Vera se virou para Fábio, com a voz rouca, e disse:
— Fábio, por favor, ligue para o empregado doméstico e peça para ele vir cuidar de mim.
Fábio assentiu. Ele não era bom com palavras de consolo, então, com um tom tranquilo, disse:
— O importante é que você está mais tranquila, não há nada que seja impossível de superar.
Embora ele ainda não soubesse o que exatamente havia acontecido, já que Vera e o casal Rei não tinham contado nada, ele também não perguntaria.
Fábio pegou o celular e fez a ligação para o empregado doméstico. Ele planejava esperar até a chegada dele antes de partir.
Se sentou em uma cadeira que puxou e, como não era de falar muito, e Vera estava fraca, o ambiente na sala era bem silencioso.
— Quero água. — Vera disse, com uma voz suave.
— Claro. — Fábio se levantou, pegou um copo com água e a ajudou a beber com cuidado.
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