O silêncio reinava naquela rua de tijolos. Alguns candeeiros piscavam suas luzes, enquanto outros nem mesmo se acendiam. Era só eu e o vento frio, acompanhados da minha indignação em relação ao comportamento de Henry.
Minha mente girava tentando encontrar uma justificativa para a atitude dele, mas sem sucesso. Respirei fundo e retornei ao meu carro, pegando minha bolsa de viagem de camurça, uma relíquia antiga da minha mãe. Guardar itens da minha família era o que me fazia sentir mais conectada a eles. Havia poucas coisas, pois, ao contrário de mim, minha avó acreditava que manter objetos dos falecidos os reteria neste mundo. — Minha avó! — suspirei, com a saudade apertando meu peito enquanto seguia em direção à porta. Empurrei a pequena porta branca, que se abriu sob o lamento das dobradiças. Franzi o cenho ao ver minhas expectativas em relação ao local se desmoronando em fragmentos. Era frustrante. A beleza exterior