Eu conheci Henry aos oito anos, correndo pelo campo atrás de borboletas, acreditando que eram fadas disfarçadas. Era primavera, o campo repleto de flores, girassóis plantados por papai e seu sócio.
— Espera, fadinha, quero um desejo. — disse pulando, tentando alcançar uma borboleta monarca que fugia.
— Para de ser egoísta, só um pedido bem pequenininho. — Argumentei com a borboleta, fazendo sinal de mínimo.
Pulei alto para pegá-la, tropecei e caí de barriga no chão, sujando meu vestido e machucando os joelhos. Com lágrimas nos olhos, procurei meu pai, mas ele estava longe. Tentei engolir o choro, cabeça baixa, chateada por a fada não ter me ajudado.
— Você é muito feia, podia ter virado fada e concedido um pedido. — reclamei, olhando para o chão.
Repentinamente, uma sombra se aproximou, encheu meu coração de esperança e alegria.
“A fadinha me ouviu.”
Diante do sol, um menino loiro de olhos azuis, dois anos mais velho, sorria amigavelmente e segurava um pote de vidro com