Aquilo era o cúmulo para Duda. Ela se sentia prisioneira.
— Não posso ir nem mesmo à minha mãe?
Edina era a mais baixinha e gordinha, também a mais agitada. Ela olhou para Susana. Essa era mais magra, alta e sisuda.
— Não olhe para mim, Edina. Você ouviu bem o que o patrão falou:” se tirar os de cima da patroa, as duas estão no olho da rua!” É isso que você quer, criatura?
Duda ficou chocada. Edina sentiu-se penalizada e falou com sua voz doce:
— Mas eu posso acompanhá-la até lá, senhora.
— Edina!— Susana repreendeu a colega.
— Ele não falou que ela deveria ficar presa aqui, impedida de sair.
Duda acompanhou com o olhar a discussão das criadas, esperando para saber qual seria o seu destino.
— Vamos patroinha, se arrume! Vamos a casa dos seus pais.
Duda levantou-se animada. Depois que ela subiu as escadas pisando forte, Susana se aproximou da colega, com o olhar intimidador.
— Você tem certeza do que está fazendo?
Edina deu de