— Fala logo, pelo amor de Deus! O que estão escondendo?
Foi Antônia quem começou a falar enquanto pressionava as mãos nervosamente.
— Senhora, a Duda saiu de casa, na surdina. Dessa vez fiquei realmente preocupada!
— O quê? Dessa vez! Como assim, dessa vez?
As duas paralisaram com a minha reação. O estrago estava feito.
— A Duda, minha menina tímida, sai de casa sempre na surdina, e vocês vem me contar só agora?
Januária lançou um olhar para Antônia como se culpasse a outra pela omissão daquele fato.
Virei-me alterada, indignada.
— Vamos, Antônia. Conte-me tudo! O que a Duda anda aprontando? Ela não é mais uma criança, e você não pode mais protegê-la, entendeu?
Enquanto isso, Duda estava se esbaldando numa balada. Estava irreconhecível. Usava um vestido sensual preto, e também calçava sandálias de salto alto. Bebia como uma louca e sorria com extravagância.
— Me leve neste lugar, Antônia! — Quase gritei.
— O patrão não pode nem sonhar!— An