Fiquei imóvel, sentindo meu coração batendo descompassadamente e uma dor que eu não conseguia descrever.
Meu pai veio correndo, junto dos demais empregados que estavam próximos. Começaram a mexê-la, tentando fazê-la acordar.
Eu via pavor no rosto da minha mãe enquanto ela subia sobre o corpo de Pauline, empurrando seu peito com força, tentando reanimá-la. Olhei para o chão e vi um blíster de comprimidos, vazio.
Como num filme, sem perceber o movimento das minhas pernas, muito menos conseguindo pensar, pequei o blíster na minha mão:
- Ela tomou os comprimidos... Não está morta.
Os paramédicos entraram e a colocaram na maca. Entreguei o blíster nas mãos deles e afirmei:
- Ela tomou isso.
- Obrigada... Isso nos ajuda muito, Alteza.
Enquanto meus pais estavam acompanhando-a, desci junto a escadaria principal. Ela parecia morta, mas meu coração dizia que Pauline ainda estava ali... Ela não teria partido sem se despedir de mim... Jamais faria isso.
- Alexia, cuide de tudo aqui, por favor. –