Assim que Pauline e Alexia se foram, eu sentei na poltrona e deixei as lágrimas mais uma vez invadirem meus olhos, escorrendo quentes pela minha pele. Mandá-las para longe doía tanto quanto saber que Aimê estava doente e o tratamento poderia não dar certo. As chances dela, embora existissem, eram poucas.
Estevan trancou a porta da sala de estar do hospital com a chave e ajoelhou-se no chão, deitando a cabeça sobre minhas pernas e chorando feito uma criança. Minhas lágrimas se misturavam às dele e não tenho certeza de quanto tempo ficamos ali, cada um sofrendo sua própria dor, sabendo exatamente o quanto doía em cada um de nós.
- Acha que fizemos o correto? – ele me perguntou, passando o braço no rosto, tentando secar as lágrimas.
- Nunca vamos saber.
- Elas estão indo para longe de nós... Como nunca estiveram antes, Satini.
- E pela primeira vez estamos separados... Sinto como se nossa família...
- Estivesse se perdendo. – ele me olhou, alisando meu rosto.
- Estevan, conversamos sobre