A confirmação da gravidez ficou ecoando na minha cabeça mesmo depois que Leonardo se afastou pelo corredor. A porta se fechou devagar, mas o impacto das palavras dele ficou aberta dentro de mim, como se tivesse criado espaço para algo novo — e assustador — entrar.
Eu estava grávida.
Era real. Não era mais um talvez, não era uma possibilidade. Era fato.
Fechei a porta do quarto com cuidado, como se qualquer movimento brusco pudesse espantar a sensação que tomava conta de mim. O silêncio era tão espesso que eu podia ouvir meu próprio coração batendo. Sentei-me na beira da cama, uma mão no ventre que ainda era o mesmo de sempre, liso, sem alterações, mas por dentro… algo já tinha mudado e não apenas fisicamente.
Tentei respirar fundo. O rosto de Leonardo insistia em voltar à minha mente, o jeito tenso com que ele me contou. O modo como desviou o olhar por um segundo como se estivesse lutando contra algo. A voz baixa demais, quase gentil demais.
Ele era bonito, seria mentira fingir que n