Capítulo 3

Vitória White 

Sexta à noite e eu estava com a minha irmã na cozinha do nosso apartamento, logo depois de uma reunião exaustiva com os Mendonça.

Estávamos acabando com o segundo pote de sorvete e gargalhando, dos namorados/ ficantes da Ana, cada coisa pior que o outro, o mais recente foi o Yan, ele era quase do mesmo tamanho que ela e trabalhava fazendo entregas de comida, e aí está o motivo pelo qual eu não gostava de pedir comida, eles ficavam se agarrando, como se eu não estivesse lá, eles quase se comiam na minha frente. 

- Eu era louca por ele - Ana fala.

- Quase que eu ficava traumatizada - digo e ela me olha feio.

 Sempre fiquei mais na minha, faz umas três semanas que não tenho nenhum contato sexual com ninguém. 

- Vamos assistir alguma coisa lá em cima - digo e Ana faz sinal para que eu vá na sua frente.

Logo estamos deitadas com um pote de sorvete e um balde de pipoca. Dormimos cerca de uma hora, ela dormiu primeiro e eu suspirei alto quando vi ela dormindo, logo depois levei as coisas sujas para a cozinha. 

A voz dele veio na minha cabeça ecoando o "boa garota" Henrique me afetou apenas com uma frase e agora eu não consigo tirar ele da minha cabeça, preciso ajeitar as coisas, acho melhor ir dormir. 

Henrique Mendonça 

Eu estava na minha cama com uma mulher que até um tempo atrás eu achava linda, ela que estava determinando a velocidade das estocadas, ela estava em cima de mim, ouvia seus gemidos e queria que fosse outra pessoa, só estava transando com Daniele para satisfazê-la, minha cabeça estava em outro lugar e com outra pessoa. 

- Você é muito bom - ela diz olhando para mim.

concordei com a cabeça, e ela jogou a cabeça para trás chegando no ápice do seu orgasmo, quando ela saiu de cima de mim e viu que eu ainda estava duro feito uma rocha, ela me olhou com estranheza. 

- Você ainda não está satisfeito? - perguntou com um olhar triste.

- Não se preocupe, está tudo bem - falo. 

- Vamos tomar banho juntos- ela diz puxando a minha mão.

- Não estou com vontade Daniele - digo com tédio.

- Mas você ainda está duro, eu quero te satisfazer - ela fala com cara de triste e desce e sobe a mão pelo meu membro que latejava. 

- Eu não quero - digo tirando a mão dela de mim e vestindo minha cueca box - vai embora - já me sinto um pouco alterado.

- Não grita comigo - fala com a voz manhosa.

- Você é uma foda casual Daniele e eu não senti nada quando estávamos transando, só não queria que você achasse que a culpa é sua, minha cabeça está em outra coisa agora, meu tesão por você já acabou - digo e ela tenta me bater, logo depois sai chorando pela porta do quarto. 

Vou parar no banheiro e passo uns 30 minutos sentindo a água escorrer pelo meu corpo, logo depois faço minha higiene, olho para o relógio e já era mais de meia noite, me sento na cama e vejo meu irmão se aproximar. 

- Encontrei com Daniele na saída e ela estava aos prantos, o que houve? - ele pergunta parecendo preocupado.

- Meu tesão nela já acabou, não senti nada enquanto ela gemia meu nome ou até mesmo quando ela estava cavalgando em mim - digo a verdade.

- Ora ora, o que não falta é mulher querendo dar para nós dois - ele fala e me olha com um sorriso maroto. 

- Disso eu sei, mas Daniele já era fixa, toda vez que eu  mandava mensagem e ela vinha correndo para me satisfazer - digo e ele me olha.

- Vai dormir Batman- tenho que arrumar um apelido para esse filho da mãe - amanhã a gente tem um baile e ainda temos acompanhantes memoráveis. 

Sorri igual a um bobo quando ele me fez lembrar da senhorita White, que de santa não tem nada, eu senti seu corpo estremecer assim que eu me aproximei, foi como se eu fosse um predador para um animal deliciosamente indefeso. 

- Não sorria desse jeito - ele diz e meu sorriso se desmancha.

- Você gostou da irmã dela, qual o nome dela? - pergunto já sabendo que ele ia responder imediatamente.

- Ana - ele diz me fazendo gargalhar.

- Vai se foder Henrique - levantei as mãos em rendição.

- Só não se masturbe na cozinha - digo gritando e ele mostra o dedo do meio para mim. 

Estava com uma cueca box, meu cabelo estava bagunçado e minha barba estava um pouco grande, mas eu gostava dela exatamente assim, quando ela fica arranhando. 

Me deitei e só lembrava dela, aquele corpo, aquela saia e o cabelo, perfeito para ser puxado com ela de quatro enquanto me enterro nela, não, ela tem que sair da minha cabeça. 

Olho para baixo e já vejo o pau acordando, já o sentia latejando, furando a minha cueca, resolvi me cobrir e ligar o ar condicionado, coloquei um filme e adormeci. 

(...)

Quando acordo e vou para cozinha;

- PUTA QUE PARIU! - Arthur estava com umas três mulheres, uma ajoelhada na frente dele e as outras uma beijando o mesmo e a outra ajudando a amiguinha lá em baixo, nunca agradeci tanto o fato de ter uma ilha na cozinha, o que me impedia de ver o pau do meu irmão. 

- Tinha que esquecer a Ana de algum jeito - fala e depois geme alto, eu queria ser surdo naquele momento.

- Não na minha casa seu filho da puta - falo e ele reclama. 

- Não xingue a mãe tão cedo- ele fala e eu olho para o relógio ainda era 7 da manhã. 

- Que merda - sai da cozinha indo de volta para o meu quarto. 

Não critico 100% a decisão do Arthur, pois eu queria fazer o mesmo, mas me contive, não sei até quando vou me segurar. 

(...) 

Meu celular começou a tocar desesperadamente em cima do mármore da pia do banheiro, eu estava tomando banho e sai para atender, era quase 17 horas. 

- Alô? - atendi sem olhar e logo me arrependi.

- Henrique? Sou eu amor, Dani - eu senti raiva, nada mais que uma raiva descomunal por ela me ligar.

- Daniele me erra, não quero mais nada com você, isso não ficou claro? - digo cerrando os dentes.

- Vou ignorar por que sei que está com raiva, soube de um baile, você não vai me chamar? - Daniele era modelo e tinha uma carreira tecnicamente bem sucedida. 

- Já tenho com quem ir - falei ríspido.

- Quem é a vagab... - ela começa a falar e eu a corto.

- Não fale algo que se arrependa, eu ainda posso acabar com a sua carreira - falo e desligo em seguida. 

(...)

Não vejo a hora de encontrar com Vitória, coloquei uma camisa social preta, uma cueca box branca, e o meu terno favorito de três peças também preto. Deixei meu cabelo arrumado, pois sei que todas as mulheres que eu já dormi, gostavam dele assim ao invés de bagunçado, cheguei na sala e fiquei esperando meu irmão, que chegou alguns minutos depois, escolhi a ranger rover na cor vinho. 

Seguimos para o condomínio das meninas, meu irmão se sentou na frente ao meu lado e eu estava dirigindo. 

Assim que chegamos minha boca se abriu em um "o" e o meu irmão fez o mesmo, elas não conseguiam ver a gente por causa do vidro fumê, ambas estavam nada mais nada menos que perfeitas, com o mesmo modelo de vestido, Ana com um azul marinho que destacava suas curvas  e Vitória com um vestido rose que destacava seu busto, descemos do carro e uau elas estavam ainda mais bonitas de perto, se é que isso se faz possível. 

- Você vai atrás - digo batendo no ombro do meu irmão que me olhou feio mas aceitou. 

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