Eu estava encostada na parede do hospital, sem forças e incapaz de falar devido à dor. Lágrimas de desespero escorriam silenciosamente pelo meu rosto. As palavras de Larissa na noite no iate ecoavam na minha mente:
“O que você acha? Para eles, quem é mais importante? Você ou eu?”
Agora eu sabia a resposta. Larissa era a prioridade. Eu era apenas uma presença insignificante, alguém completamente descartável.
Pouco tempo depois, o médico da emergência chamou um cirurgião ortopédico. Decidiram que não havia necessidade de priorizar ninguém e que ambos os tratamentos seriam realizados simultaneamente. Larissa e eu fomos levadas para a sala de cirurgia.
Quando Igor viu meu braço quebrado, ele segurou minha outra mão com força:
— Me desculpe, Agatha. Eu... eu não sabia que você...
Eu puxei minha mão, recusando qualquer contato. Não olhei para ele. Aquele tapa que ele me deu, considerei como o pagamento final por todos os anos em que ele me criou. Não havia mais nada entre nós. Fechei os olho