Anton Griffin
Serafina esconde o rosto no meu peito ao se dar conta do que quase fizemos e da plateia inconveniente. Porra! Eu devia ter trancado a porta.
Relutante, saio de cima dela e me sento na cama.
— Na verdade, ainda não terminamos, mas essa parte quero que escutem também. Se acomodem. — Aponto o sofá. Eles se sentam. Serafina também senta na cama. Pego sua mão e a beijo, depois passo alguns instantes prendendo seu olhar no meu, até me virar para os quatro sentados em um sofá espaçoso.
Pelos próximos minutos conto sobre a maldição, os acontecimentos na caçada e o encontro com a deusa.
— Resumindo, eu menti para você, Serafina. — Me viro para minha mulher. — Mas foi só porque eu tinha medo que saber a colocasse em perigo. Ainda temo por isso. E saiba que de agora até o momento em que tiver meu poder de volta, você será a mulher mais vigiada.
— Quem disse que precisa esperar seu poder retornar? — Ralf diz. — Serafina tem pais mais poderosos que você, se é que esqueceu.
Si