Laguerta parou na frente da porta do quarto que dividiria com Bjorn, sentiu o coração batendo descompassado no peito. O silêncio do corredor parecia aumentar o som de sua própria respiração. Desde que voltou, não teve um momento a sós com Björn e agora que isso finalmente aconteceria, uma avalanche de emoções a invadiu.
Era estranho… e ao mesmo tempo inevitável. Vinte e quatro anos. Era esse o tempo que os separava, desde a última vez em que estiveram juntos. Seu corpo se lembrava dele, mas seu coração hesitava, como o de uma menina que experimentava o amor pela primeira vez.
Ela sorriu de canto, um sorriso tímido, quase nervoso.
— Você é uma mulher, uma selvagem e não uma garota assustada — murmurou para si mesma.
Ainda assim, o olhar de Björn a perseguia. Onde quer que estivesse, sentia os olhos dele sobre si, intensos, ardentes, mas também ternos. Ele não precisava dizer nada, aquele olhar era uma declaração silenciosa de amor, saudade e desejo.
Laguerta respirou fundo uma última