ANA MARIA
Coloquei algumas trocas de roupa minha e da Malú numa mochila, algumas coisas que minha filha ia precisar e fui.
Ainda era oito horas da noite, se desse muita sorte, chegaria antes das onze na cidade e como o hospital que meu pai está é próximo, Doni poderia me pegar.
Liguei para Mariana e perguntei se ela precisaria de mim por esses dias, graças a Deus, só a partir de segunda-feira.
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Cheguei na cidade quase uma da manhã. O ônibus quebrou no caminho e tivemos que esperar um outro chegar, o que demorou demais. As mulheres com criança eles dispensaram na frente. Agradeci imensamente por isso.
Enfim, chegamos na rodoviária com um imenso deserto, apenas o nosso ônibus lá parado.
— Ana.
Ouvi Doni me gritar e apenas virei o corpo para ver de onde vinha, estava do lado da caminhonete cinza, como Malú estava dormindo no meu colo e ainda tinha o peso da mochila, não consegui dar um passo além. Ele correu até onde eu