105. Onde o coração nos levar
Alice
Eu não tinha mais nada para fazer naquele lugar, até porque, eu sequer queria estar ali. Abri o meu coração, revelei o que escondia durante todo esse tempo, e mesmo assim PG não quis ouvir. Então, que assim seja. Ele não me quer em sua vida, preferiu inventar algo que nunca existiu unicamente para justificar a sua decisão de me virar as costas? Que seja. Está doendo. Não vou mentir. Dói muito a rejeição de quem amamos, e principalmente, a forma como tudo aconteceu. Mas eu vou sobreviver a mais esse golpe da vida, e logo as coisas tomarão o seu destino certo.
Me recomponho.
Enquanto enxugava as lágrimas do meu rosto, Filipe continua me observando, seu olhar é terno, mas silencioso, ele respeita o meu espaço, e isso é o que eu mais admiro nele.
Decidida a seguir o meu caminho, envergonhada pela cena patética que ele presenciou, digo sem olhá-lo:
— Vou embora. Não tenho mais nada a fazer nesse lugar.
Ele dá passos em minha direção, segura a minha mão e carinhosamente disse:
— E