O jogo terminou e, como eu já esperava, vencemos. Vibrei com os caras, comemoração pesada, gritaria, aquela energia que só a vitória traz. Nego Rato já gritou no meio da galera.
— É pagode na praça, porra! Hoje vai ser de responsa!
Eu sorri, mas no fundo já sabia que minha comemoração não ia ser tão tranquila assim. Tinha uma loira braba que ia dificultar meu rolê. Virei na direção dela. Estava de braços cruzados, com aquela cara que só ela sabia fazer, uma mistura de ranço, ciúme e vontade de me matar. Mas quando eu cheguei perto, ela se levantou sem que eu precisasse dizer nada.
— Vamos. Preciso ir em casa tomar banho.
Ela mandou beijo para a Gabriela, deu um tchauzinho pro Eric, e veio até mim com aquele ar de dona da porra toda. Seguimos até minha moto. Ela subiu atrás de mim, segurou firme na minha cintura, e partimos.
Chegando em casa, subimos direto pro quarto. Já fui falando.
— Vai trocar essa roupa aí. Se for comigo, vai arrumada decentemente.
Ela só arqueou uma sobran