117-Quando eu pensava que ia ser feliz.

Marlen não podia acreditar nos seus olhos. Ficou estática no seu lugar, incapaz de chorar. As lágrimas entalavam-se-lhe na garganta; eram demasiados golpes juntos. A vida estava a dar-lhe uma lição que ela achava que não merecia. A mulher que lhe dera a vida só a deixava ali deitada, e a pegava quando ela parecia útil, brincando com a sua vida como se ela fosse uma boneca sem valor, apagando até as lembranças do filho. E agora, a mulher que lhe tinha dado um amor verdadeiro e sem condições, morreu sem se despedir. Ela deitou-se numa cama diante dos olhos dele e não sabia o que fazer.

-Sabrina murmurou, observando-a da cama, subindo em cima dela, segurando a mão de Júlia enquanto ela chorava. Todos aguardavam com expetativa a reação de Marlen, que ainda estava em choque.

Marlen andava de um lado para o outro como uma alma penada, e finalmente as lágrimas saíram das órbitas. Sentia-se como se estivesse a flutuar, não podia acreditar que esta era a sua realidade. Quando pensava que ia fi
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