Recreio dos Bandeirantes/RJ
— Como você está, Suzana? – Cada vez que colocava os olhos nela, Murilo se apaixonava um pouco mais.
— Estou indo.
— Não gostei dessa resposta, mas vamos por partes.
— Como assim não gostou da resposta?
Ele ajudou Suzana a se sentar e rodeou a mesa para ficar de frente para ela.
— Você não parece bem, o seu semblante me diz que algo está acontecendo.
Suzana não entendeu como ele descobriu que ela não estava bem, mas algo dentro dela se rompeu, e ela desatou a falar.
— Eu perdi a minha família, Murilo, todos morreram, e só me restou a minha sobrinha. Agora estou cuidando dela, esperando a guarda definitiva sair e me virando para pagar as contas. Estou me sentindo pressionada por todos os lados, tem dias que não quer acordar. Não sei como a minha vida se tornou esse pesadelo. Quero fugir, me esconder... Eu queria a minha vida de volta, Murilo, queria a minha família, não tenho mais nada.
A mente de Murilo deu um nó completo, ela falou tanta coisa ao mesmo tem