234. A MORDIDA QUE NÃO VEIO... MAS A BOCA SIM
NARRADORA
— É assim que construímos no pântano, pra ficar seguros contra enchentes e alguns predadores.
Ele respondeu, e Ana não entendia por que, se a vida era tão difícil ali, ainda insistiam em continuar na mesma área.
— Você gostou? — ele perguntou colando-se às costas dela e envolvendo sua cintura, pele contra pele, e o coração de Ana acelerou ao sentir aquela coluna dura roçando entre suas nádegas.
— Sim. Obrigada por ser tão atencioso — disse ela, olhando praquele lugar selvagem como ele, mas ao mesmo tempo, acolhedor e fechado.
O ninho de amor deles. E ali no canto, no chão, havia um espaço forrado com folhas secas e uma camada de pele animal macia.
— Tem uma coisa que eu quero conversar antes... antes de a gente cruzar — Anastasia se virou séria e Hakon deixou as brincadeiras de lado para encará-la.
— Sou todo ouvidos.
— Sei que somos companheiros, mas a gente ainda não se conhece direito... precisamos conversar sobre coisas importantes, sobre o futuro...
— Ana — Hakon seguro