212. UM LOBO DO GELO
NARRADORA
— Silvana não aceitou. Nosso tutor tinha morrido, o único que conseguia controlá-la, e eu achei que ela tentaria voltar para os bruxos. Mas não, ela ficou aqui e passou a nos caçar como animais, até quase acabar com a minha vida e com a da Lucero…
Fez uma pausa, com a voz embargada.
— Nós a ferimos gravemente no confronto final. Achei que ela estivesse morta, o corpo dela caiu num desfiladeiro profundo. Mas ela voltou.
— Cedrick, essa mulher é imparável, está completamente obcecada e enlouquecida, além de ser astuta e traiçoeira. Vai encontrar um jeito de entrar no palácio, de enganar vocês. Provavelmente vai mirar no elo mais fraco e mais importante — e olhou para Aidan, que não entendia nada do que estava sendo dito.
— Não, no meu filhote não! Vamos protegê-lo em um lugar seguro! — Raven deu um passo à frente, exaltada.
— Eu também achei que tinha criado um lugar seguro… mas aí estão as consequências de me achar invencível — voltou a tocar o caixão de gelo.
— Tenho um pres