✦Ponto de vista do Alfa Ryan, parte 2.

Tento me acalmar para poder acalmar Magnus.

- Magnus, acalme-se, não podemos perder o controle dessa maneira!

ESTOU TENTANDO, RYAN, MAS É QUASE IMPOSSÍVEL FICAR QUIETO ENQUANTO FAZEM MAL A ALGUÉM, AINDA MAIS QUANDO É ALGUÉM DO MEU SANGUE.

Cabeça fria, Magnus! — Concentro-me para continuar ouvindo as ratas falarem. —

•-Não me diga que você gosta dessa fera?..—Pergunta a ratazana nº 2.—

•-Sim, qual é o problema? — Responde a ratazana nº 1, e a ratazana nº 2 diz em voz alta para alguém —

•-Eles estão aqui!... — Droga, droga, droga! — É a única coisa que sai da minha boca. Minha avó tenta me acalmar, fazendo sinais com as mãos para que eu respire. Eu tento, mas chegam aos nossos ouvidos um tiro, golpes, sons de alguém sendo estrangulado. Depois, mais dois tiros...

Não consigo controlar Magnus por mais tempo e ele se levanta para bater na mesa, quebrando-a instantaneamente.

Minha avó fica vermelha, com lágrimas nos olhos de preocupação, as outras choram.

A voz do rato nº 1 chega aos nossos ouvidos:

•-Eu deixei você me bater só porque gosto de você, linda.

RATA NOJENTA! — Diz Magnus —

Minha alma volta ao corpo ao ouvir a voz de Lale, embora eu a ouça chorar, isso significa que elas estão vivas.

Lili tenta acalmá-la, dizendo que tudo ficará bem, sem saber que faz o mesmo comigo.

-Lili, você está bem? — ouço Lale falar —

-Sim, mas você me deve uma bebida ou duas. — As duas riem. E as outras aqui no escritório, entre lágrimas, também.

Então Lale comenta que eu ainda estou na linha, minha irmã me conhece, sabe o quanto estou grato por ajudá-la.

Magnus fica nervoso, não sei o que se passa com ele, esta mulher perturba-o, acho que nunca o tinha sentido assim. Mas não lhe digo nada... Porque ouço aquela voz doce a pedir-me desculpa, mas mesmo assim não consigo deixar de lhe dizer, perturbado, que por causa dela quase tive três ataques cardíacos seguidos, mal contados. Ela ri-se... para me dizer:

•-Eu não podia responder como você viu, ou melhor, ouviu... —Eu ouço minha irmã rir e isso me deixa feliz. Ted liga para me informar que o avião pousou, há policiais, ambulâncias e o helicóptero particular, mas ele não poderá estar lá devido a alguns problemas no escritório, embora esteja no hospital mais tarde. Suspiro, agradeço a ele e, de passagem, a Lili também.

•-Por favor, não desligue, o avião já pousou, há uma ambulância e um helicóptero, guarde o celular da Lale para me manter informado. —Digo a Lili... Hesito alguns segundos se pergunto ou não, porque já sei a resposta, mas pergunto mesmo assim—

•-Você está bem? — Minha voz soa mais preocupada do que eu gostaria —

•-Sim, só preciso de água e dormir dois dias seguidos.—Ela me responde, e eu tive que abafar uma risada que saiu sem querer. As outras riram um pouco mais alto, assim como Lale, o que me deixou mais feliz. Me despeço dela mencionando seu nome de uma maneira que nem eu sei bem o que significa.

Um “sim” sai daquela voz doce. Desligo.

Um minuto depois, falo com minha avó e digo para elas irem comer alguma coisa, que um chá seria bom para se acalmarem e que eu as veria mais tarde.

“Se precisarem de alguma coisa, eu aviso”, digo, e elas concordam. Sento-me, pego um copo de uísque e começo a beber. Preciso falar com Lale para saber absolutamente tudo desde o início.

Depois de quase cinco paradas cardíacas e Magnus descontrolado, estou mais tranquilo.

Meia hora depois, Ted liga novamente, desta vez por videochamada. Espero acalmar minha ansiedade de saber como elas estão no hospital.

•-Minha alfa, não consegui chegar ao hospital, mas estou a caminho. Os deltas que cuidam dela me informam que está tudo bem. O acônito que deram a Lale não era tão forte e conseguiram drená-lo.

•-Obrigado, Ted.

•-Minha alfa, desculpe, não pude ir ao aeroporto. Mais tarde, informarei tudo o que está acontecendo na empresa. Sei que, no momento, é irrelevante.

•-Sei que você me conhece e também sabe que, como está no comando das empresas, é o melhor para resolver esses problemas.

•-É para isso que servem os betas, meu ALFA, e você tem dois.

•-Sou o Alfa mais sortudo do universo... Eu sei. ..

—Nós dois rimos—

•-Até mais tarde, irmão.—Nos despedimos e eu começo a pensar, tenho que obrigar Lale a treinar, ela é do tipo Loba que não gosta nem de brigar, mas agora isso teria sido útil. Só Sander a convence a fazer exercícios de vez em quando, vou falar com ele para que me ajude nessa questão.

Após duas horas desesperadoras, Lale liga, juro que todo o meu ser tomou seu lugar neste momento.

•-Irmãozinho! — ela grita, sorrindo para mim, como se não me visse há 100 anos, com o rosto vermelho como se estivesse rindo como uma louca.

•-Por que essa cara? — pergunto —

•-Lili me fez rir com algo que disse sobre você — ela responde —

•-Em primeiro lugar, quando você chegar aqui, vamos acertar as contas.

•Em segundo lugar, você nunca mais sairá sozinha! E, em terceiro lugar, mas não menos importante, o que Lili disse sobre mim? Onde ela está? — pergunto, louco para saber sobre ela —

•-Depois desse susto, nunca mais vou desobedecer você em nada, meu alfa. Respondendo à sua última pergunta, Lili não está aqui, ela acabou de sair, estão esperando por ela no aeroporto e, como ela não conhece nada aqui neste país, ela foi embora rapidamente.Quanto ao que ela disse... hahahahaha. Ela disse... Diga ao seu irmão que não vou perdoá-lo pela maneira como falou comigo, ou melhor, acusou-o de te machucar e disse isso com um beicinho muito fofo na boca, dizendo que você era um “GRUNHÃO”... hahahaha... —Ela ri como uma louca—.

•-Eu sou um rabugento, mas o que há com ela? Comparado com os outros alfas, eu sou um amor.

•-Ela não sabe disso, infelizmente para você, irmãozinho.

•-Eu sei, depois resolvo isso quando falar com ela.

-Espero que seja logo, porque ela não tem celular, mas dei o nosso número a ela e ela disse que ligaria amanhã.

•-Ok.—Digo com decepção, por alguma razão eu queria vê-la, mesmo que fosse pela câmera—

•-Ryan, quero levar Lili para a reserva, não quero de jeito nenhum que ela descubra quem somos e muito menos sobre a reserva, porque assim ela não contará a nenhum familiar onde está.

•-Mas por que você fala assim? Você me preocupa...

•- O cara que acabou defendendo ela é um vampiro e deu para perceber que ele gostou dela, tanto que atirou no companheiro dele, só porque ele estava batendo nela e depois estrangulando, não o matou, mas o deixou inconsciente.

•-Os tiros que ouvi?

•-Sim, Ryan. Tenho que levá-la para a reserva, assim ela estará mais protegida. Preciso protegê-la assim como ela me protegeu. Sabemos do que os vampiros são capazes. Queria que ela conhecesse o Ted para que ele a protegesse, mas ela saiu com pressa.

•-LALE.

•-Magnus?

•-SIM, IRMÃZINHA, NÃO SEI COMO VOCÊ VAI FAZER PARA TRAZÊ-LA AQUI, MAS FAÇA ISSO... "É UMA ORDEM"...

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(¸.•´(¸.•´(.¸. •*♥ LILIANA SANTOS REP DOM.☺️