NARRAÇÃO DE IRINA...
Sonhei que podia ver Klaus sendo baleado, caindo na grama verde de um imenso quintal, redeado por arbustos. Corri, mas não o alcançava. Chorei olhando ele se agonizar. Mas despertei com Alexander me chamando, até mesmo o meu pescoço doía. Acho que dormi por muito tempo sentada na poltrina, até mesmo minha mão que segurava a do Klaus, estava suada. Talvez pelo pesadelo ou por ficar tanto tempo segurando a mão do Klaus.
Levantei exausta, Alexander me conduziu até o sofá cama, me deitei, sorri quando senti meu filho me cobrir. Mas meu coração aqueceu ainda mais, bastou ele deitar ao meu lado. O abracei com tanta vontade! Ele pode ter o tamanho que for! Sua voz pode ter engrossado, a barba pode estar nascendo. Mas sempre será o meu bebê, já o amava antes mesmo de nascer. Lembro da minha barriga de gestante, tão grande. Sempre que passava a ponta do dedo ao redor do umbigo que já estava para fora, ele revirava.
E pensar nisso, me fez lembrar do dia do seu nascimento,