A respiração de Sarah vinha em arfar descompassado, seus olhos arregalados fixos na figura diante dela. Mas já não era um lobo. Era Dário. Sempre fora Dário.
— Não… — Sua voz saiu falha, quase inaudível. — Isso não pode ser real.
Dário deu um passo à frente, sua expressão era calma, mas seus olhos carregavam um peso que ela não conseguia compreender.
— Sarah… eu sei que isso é muito para você processar.
— Processar?! — A palavra saiu como um sussurro carregado de incredulidade. Ela balançou a cabeça, sentindo seu corpo inteiro tremendo. — Eu vi você… você se transformou!
— Sim. — Ele assentiu, os olhos fixos nos dela. — E um dia, você também vai.
Sarah recuou como se tivesse levado um soco no peito.
— Não. Você está mentindo. Isso não é possível.
Dário suspirou.
— Seu sangue sabe a verdade. Sempre soube. Você nunca se perguntou por que se sente diferente? Por que a floresta te chama?
Sarah ficou imóvel. Seu coração batia tão forte que doía.
A floresta…
Desde pequena, ela sentia algo i