SARAH
Meu coração ainda pulsava aceleradamente. O encontro com Dário foi como um choque elétrico, despertando algo dentro de mim—uma faísca desconhecida, intensa, mas paradoxalmente reconfortante. Nunca fui daquelas que confiam facilmente nas pessoas, mas com ele era diferente. Não havia lógica, apenas um sentimento puro e instintivo de segurança.
Caminhamos lado a lado, sem pressa. A cidade parecia um mundo distante, perdido além das árvores que nos rodeavam. A floresta ao nosso redor emitia uma serenidade quase mágica. Troncos robustos se erguiam como pilares naturais, com suas copas formando um teto verde que filtrava a luz do sol. O chão era coberto por folhas secas e raízes expostas, e o aroma terroso da madeira se misturava ao perfume úmido da vegetação. O som do vento farfalhando entre os galhos e o canto suave dos pássaros preenchiam o silêncio.
Dário soltou minha mão suavemente, mas o calor do seu toque ainda permanecia em minha pele. Ele se dirigiu a um tronco caíd