ALEXANDRE
Ouvi quando Lizz pediu que Melissa lhe contasse uma história e vi as duas desaparecem das minhas vistas. Terminei de ajeitar as coisas e fui bisbilhotar o que aquela duas estavam aprontando.
— Era uma vez... – a voz de Melissa recitava – Uma linda e talentosa bailarina, mas ela não era qualquer bailarina. Não ela era especial, pois quando dançava ela era capaz de levar toda dor e sofrimento embora.
Encostei na parede, sem querer que ela interrompesse a história.
— Todos amavam a bailarina, a queria por perto... e sempre que alguém sofria, não demorava para que ela aparecesse para curar todas as dores.
Fechei os olhos, sentindo toda a dor, e ao mesmo tempo esperança contidas naquela história inocente. Ela floreou, inventou, misturou a verdade com a fantasia, mas era sua história, sua vida, seus anseios.