Luna
— Laura... — ela sussurra ao ver a imagem da minha mãe do coração. — Ela e Lais eram tão parecidas. Não a conheço, mas a Laís era a minha família.
Dinorá seca os olhos rapidamente, mas não esconde a emoção.
— Javier e Gael têm algo... — ela começa, mas é interrompida por Marcelo.
— Não aqui — ele diz, firme, mas sem grosseria. — Na segurança do lar, podemos conversar o quanto quisermos, mas não na rua.
Dinorá concorda com um leve aceno de cabeça, e mudamos de assunto. Eles perguntam sobre minhas aventuras na fazenda, e eu conto histórias que os fazem rir, como a vez que caí de um cavalo teimoso ou quando briguei com um galo que insistia em me atacar toda manhã.
Falo sobre o meu cavalo, o Sombra, mostro fotos com ele, montada, dando banho e conto algumas coisas sobre tudo que me levou a cursar medicina veterinária.
Provo diversos petiscos ao longo da tarde, desde azeitonas marinadas até queijos envelhecidos. Cada novo sabor me encanta mais que o anterior. É uma tarde leve, c