Athos Galanis
Depois da faculdade sigo direto para o meu novo trabalho que é basicamente limpar a piscina e manter o jardim em ordem. Estaria mentindo se dissesse que não sei a quem pertence essa mansão, pois os Campbell são bastante conhecidos na região, eu diria que são a família mais rica e mais influentes da cidade, o Connor Campbell estuda na mesma faculdade que eu , se não me engano ele faz administração, provavelmente para assumir as empresas da família futuramente, o cara é um idiota esnobe e muito popular, esta sempre cercado por um monte de puxa saco, espero não cruzar muito com ele por aqui. Quando chego a mansão me identifico como o novo contratado para limpar a piscina e os seguranças me deixam entrar, sou recebido por um homem na faixa dos quarenta e poucos anos que se apresenta como Sawyer Dixon o mordomo da mansão. Sawyer _ O trabalho é simples e bem remunerado, se você souber fazer o seu serviço direito não terá problemas, já limpou piscina antes? Athos _ Sim, já ajudei muito o meu tio quando fazia uns bicos aos finais de semana. Sawyer _ Ótimo, basicamente você limpará a piscina e cuidará do jardim nas horas vagas, o horário é de uma as seis. Está bom para você? Athos _ Está ótimo, eu posso vir da faculdade direito para cá. Sawyer _ A você estuda, isso é bom devemos sempre procurar evoluir. Athos _ Sim, não quero limpar a piscina dos outros o resto da minha vida. Sawyer _ É isso aí, estude bastante, um dia outra pessoa estará limpando a sua piscina. Continuando, a menina Savannah deve chegar do seu intercâmbio em Paris na sexta, o senhor Campbell foi buscá-la. Quando ela está aqui ela usa muito a piscina, por isso precisarei que você a mantenha sempre limpa, e o jardim basta molhar e arrancar as ervas daninha, a poda é feita por uma empresa especializada. Athos _ Ok, se me mostrar onde fica tudo posso começar agora mesmo. Sawyer _ Vem comigo, vou te levar ao depósito onde guardamos todos os utensílios de manutenção dessa casa. Ele fala e vai em direção aos fundos da mansão e nós passamos a próxima hora com ele me mostrando onde fica tudo, o Sawyer é bem comunicativo e só nesse tempo me contou várias curiosidades sobre a família Campbell, fiquei surpreso em saber que o Sebastian tinha um filha chamada Savannah eu achava que o Connor era filho único, mas parece que o Sebastian se casou depois de dois anos viúvo da mãe do Connor. A nova esposa em questão tinha dezenove anos, era bem jovem se comparada ao marido que na época tinha por volta dos quarenta, mas parece que ele se encantou com a beleza da mulher ao ponto dela se tornar uma obsessão. Só não esperava que um ano depois ela sucumbisse a depressão pós-parto, tirando a própria vida e deixando a filha recém-nascida sem mãe. Parece que a tal Savannah hoje tem dezessete anos e segundo o Sawyer ela é uma garota linda e meiga, diferente do Connor, mas eu não acredito muito nisso essa família é conhecida por se achar superior a qualquer um, fora a grosseria com que eles tratam as pessoas que eles julgam não ser do mesmo nível social deles. Resumindo o meu primeiro dia de trabalho na mansão Campbell foi isso, limpei a piscina e tive uma aula sobre a vida da família, não que me interessasse de fato, eu só quero fazer o meu trabalho e me manter o mais afastado possível dessa gente. Athos _ Sawyer tem problema eu surfar após o expediente? Sei que o terreno pertence a mansão, mas ninguém costuma ir lá, então pensei que poderia pegar umas ondas. Sawyer_ A não tem problema pode usar, sim, o senhor Connor não frequenta esse lado da praia, ele prefere lugares mais badalados além de não ser do tipo que surfa, e a menina Savannah só gosta de caminhar por lá. Athos _, Mas ela não vai se incomodar? Sawyer_ A não, a minha menina é muito tranquila, não se preocupe. Ele parece gostar muito da Savannah, pois fala dela com muito carinho. Athos _ Se é assim, amanhã trarei a minha prancha e não se preocupe deixarei ela em algum lugar da praia para que ninguém a veja aqui. Sawyer _ Está certo, bom por hoje é só você pode ir, te vejo amanhã no mesmo horário. Athos _ Até amanhã então Sawyer. Me despeço dele e vou para casa, pretendo passar a noite trabalhando no meu software, eu optei por trabalhar sozinho, pois não teria tempo para me reunir com uma equipe além do que já tenho alguns protótipos que vão revolucionar o mercado da computação só estava esperando uma oportunidade para mostrá-los ao mundo, agora é só escolher um deles e fazer algumas melhorias. Chego em casa e após tomar um banho vou para o quarto que divido com o Hector e o Andreas e encontro ele se arrumando para a tal festa. Hector _ Não vai mesmo? Athos_ Não cara tenho trabalho a fazer, mas divirta-se. Hector _ Você quem sabe. Meu primo diz e sai animado, eu me concentro no projeto do software até que a minha mãe b**e na porta avisando que o jantar está pronto, para não perder o foco vou à cozinha e faço um prato, como no quarto mesmo enquanto continuo que estava fazendo. Gaia _ O que está fazendo que não pode nem jantar a mesa? Athos _ Um trabalho para a faculdade, se tudo der certo nossas vidas podem mudar. Gaia_ Uau, deve ser importante. Athos _ E é. Respondo concentrado sem olhar para a minha prima. Gaia _ Bom, vou deixar você estudar, então, quer que eu leve o seu prato? Athos _ Sim, se não for muito trabalho. Gaia_ Claro que não. Ela responde pegando o prato em cima da mesa. Gaia_ Você sabe onde o Hector foi? Athos _ A uma festa na casa do Mason. Gaia_ Ele nunca me leva junto. Athos_ Essas festas não são para você Gaia, lá só tem aqueles riquinhos idiotas. Gaia_ Humm está com ciúmes? Athos _ Apenas cuidado de irmão. Falo ainda sem olhar para ela. Gaia _ Ata, bom boa noite para você. Ela sai parecendo aborrecida, o porquê eu não sei, mas também não tenho tempo para perguntar, as mulheres são muito instáveis. Continuo o meu trabalho e por volta das uma hora da manhã o Hector chega todo nervoso . Hector _ Cara, eu preciso da sua ajuda! Athos _ Minha ajuda para quê? Hector _ É o Andreas, ele estava lá na festa e... Athos _ Já sei ele arrumou briga com algum playboysinho. Hector_ Ele estava ficando com uma garota, e o Connor Campbell não gostou, ele disse que os mortos de fome estavam se achando para pegar as garotas do lado rico da cidade, o Andreas não gostou e partiu para cima dele. Ele de falar um instante e continua contando. Hector_ Acontece que o Connor estava com toda a turma dele e eles juntaram no Andreas, o Mason e eu entramos para separar junto com os seguranças e acho que se não fosse isso o Andreas tinha morrido espancado. Athos _ E onde está o Andreas? No hospital com o Mason ele está bem, mas parece que quebrou uma costela, e agora não sei como contar para nossos pais. Athos _ Não conte, eles já vivem na batalha trabalhando sem parar, não merecem esse tipo de preocupação. Hector _ E como vamos esconder isso deles? Athos _ Vamos para o hospital, eu vou conversar com Mason, a família dele vive viajando, acho que ele não vai se importar do Andreas ficar lá por uns dias até melhorar. Hector _ E o que diremos para o pessoal aqui de casa? Athos _ Que ele viajou com alguns amigos e mandou você avisar, não seria a primeira vez. Hector _ É acho que pode funcionar. Nos seguimos para o hospital e o estado do rosto do meu primo me choca, ele pode até estar bem, mas cara está cheia de hematomas. Andreas _ O que esse merdinha está fazendo aqui? Athos _ Esse merdinha veio te ajudar, ou você quer que o Tio Leonidas e a tia Kássia descubram o que aconteceu? Andreas _ Claro que não! Athos _ Foi o que pensei, já conversei com o Mason você ficará na casa dele até se recuperar e o Hector dirá lá aos seus pais que você foi viajar com seus amigos. Andreas _ Acho uma boa ideia. Athos _ Sim, isso poupará meus tios de mais uma das suas merdas. Andreas _ Não foi culpa minha aquele filho da puta do Connor que é um idiota, o cara ficou putinho porque eu estava pegando a mina que ele queria. Athos _ Realmente o Connor Campbell acho que o mundo gira em torno dele, mas eu já falei para você e o Hector evitar essas festas, o Mason é gente boa, mas os caras que andam com ele não! O Andreas da de ombros sem resposta e logo o médico vem dar alta para ele. As cinco da manhã o Hector e eu chegamos em casa depois de tudo resolvido e dormimos pelo menos umas duas horinhas já que as sete temos que estar de pé. E meu último pensamento antes de dormir é que amanhã corro risco de ver a cara do imbecil do Connor não só na faculdade como também na casa dele onde trabalho e não poderei quebrar ele na porrada, eu preciso desse emprego, pois ele me dá mais tempo para me dedicar ao meu projeto do software…