Depois de desfazer as malas, sentei-me na cama macia e olhei para os diferentes objetos no quarto. Alguns minutos depois, meu telefone começou a tocar.
Mãe.
— Olá, mãe. — Penteei levemente meu cabelo com as pontas dos dedos enquanto esperava que ela falasse.
— Olá, querida, como foi seu voo?
— Foi estressante, mãe, mas agora acabou.
Minha mãe soltou uma risadinha. Eu sorri de volta e deitei na cama.
— Imagino que você tenha conhecido o Miguel.
Suspirei, pensando na minha humilhação anterior.
— Sim, mãe, ele me mostrou onde vou ficar e minhas aulas começam amanhã.
— Então está bem.
Houve um longo silêncio e eu o interrompi.
— Onde está a Juliana?
Em resposta, ouvi um grande estrondo acompanhado de um grito.
— Estou aqui, baby!
Revirei os olhos quando percebi que minha mãe colocou minha ligação no viva-voz.
— Ju, você pode parar de ser infantil por uma vez?
Ela zombou e eu mordi meus lábios para conter uma risada que ameaçava escapar.
— Senhorita Zangada, como vai?
— Senhorita Zangada?