Irina Volcov.
Abro os olhos com dificuldade, tentando focar no ambiente ao meu redor. Minha mente está uma confusão só, como se estivesse tentando juntar peças soltas de um quebra-cabeça. Sinto meus pulsos amarrados, uma sensação incômoda que indica que algo está errado. Fecho os olhos com força, tentando afastar a névoa que obscurece minhas lembranças e colocar meus pensamentos em ordem.
Aos poucos, fragmentos começam a se unir, como cenas de um filme que se desenrola lentamente na minha mente. Lembro-me de estar na festa, das risadas, das luzes cintilantes. E então, um vazio. Uma lacuna negra que parece ter engolido parte da minha noite.
Abro os olhos novamente, piscando para clarear a visão. O ambiente ao meu redor é escuro, com apenas uma luz fraca filtrando-se de algum lugar distante. O cheiro de mofo paira no ar, indicando que não estou mais na luxuosa mansão, mas em algum lugar completamente diferente.
Tento movimentar-me, mas sinto a resistência das amarras em meus pulsos. A i